terça-feira, 27 de abril de 2010

Fuga emocional



Quando eu era adolescente, gostava de boiar no mar para pensar em Deus, fechava os olhos e me transportava para um local igual ao do desenho acima. Já na fase adulta, em diversas situações em que não me encontrava feliz, me transportava para este local, o que me confortava muito, trazendo muito alento e alegria nas situações, ocasionando em força para lutar contra qualquer adversidade.
A imaginação era usada para elaborar a fuga emocional, de modo a evitar o enfrentamento da realidade pessoal, das crises geradas por esta autoconscientização e das conseqüentes reciclagens, mantendo a consciência estagnada evolutivamente.
A fuga emocional, portanto, não é uma opção positiva, pois ela nos retira da realidade, do agora, ou se esconde atrás de atitudes como aumentar o consumismo ou alimentação, vícios, obssessões, manias que refletem a ansiedade. É uma questão de disciplina e auto-controle.
A fuga emocional precisa ser tratada confrontando a causa e não somente o efeito. A disciplina é o caminho para o tratamento.
O medo, a raiva, a tristeza, o desprazer podem ativar a amígdala cerebral causando a fuga, é uma atividade quase que irracional, por ser de um impulso energético.
As emoções são fundamentais para a sobrevivência animal. Fugir, atacar, reproduzir e defender são comportamentos motivados por circuitos emocionais.
Durante o processo evolutivo, o ser humano foi progressivamente adquirindo a capacidade de distinguir, classificar e controlar as diferentes sensações e emoções, tanto as suas próprias, quanto as das pessoas com as quais convive. É o que se convencionou chamar de inteligência emocional.
Com a intelugência emocional, controlamos de forma mais eficaz esses impulsos, não reagindo com a fuga, mas com o enfrentamento inteligente das situações.

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