segunda-feira, 13 de junho de 2011

Corpo Emocional

Não existe o bem e o mal, é o pensamento que os faz assim.” (William Shakespeare)

A ciência agora já sabe que o hipotálamo produz neuropeptídeos, compostos químicos poderosos. Por exemplo, cientistas pegaram alguns animais de laboratório e colocaram eletrodos em certas partes do cérebro deles que produzem aqueles compostos químicos. Então ensinaram as cobaias a pressionar a alavanca para terem aquela liberação química.
O animal preferia aquela sensação a matar a fome ou a sede, fazer sexo ou dormir. Chegava à exaustão e entrava em colapso antes de cuidar de si mesmo fisicamente. E é isso que o estresse faz aos nossos corpos. Ficamos tão viciados nele que somos incapazes de pedir demissão de um emprego mesmo que não seja bom, não conseguimos sair de um relacionamento que não nos serve mais. Não conseguimos fazer escolhas porque estímulo e resposta produzem os compostos químicos que os obliteram.
Muito embora um indivíduo possa procurar ajuda quanto ao desequilíbrio físico, frequentemente sua causa está arraigada no corpo emocional. Djwhal Khul, através das obras de Alice Bailey, afirma em Esoteric Healing, que 90% das enfermidades têm início no corpo etérico (energético) ou astral (emocional).
Muitas pessoas afirmam não possuírem problemas emocionais, mas na verdade a maioria delas as camuflam. Existem muitos aspectos e níveis de desequilíbrios emocionais e todos eles relacionados ao corpo físico.
A raiva pode manifestar com ódio e violência e em doenças no fígado, vesícula e olhos. O medo pode manifestar com pânico e insegurança e em doenças nos rins, bexiga e ouvidos. A preocupação pode manifestar com compulsão e ansiedade e em doenças no sistema digestório, estômago, pâncreas e língua. A tristeza pode manifestar com angústia e depressão e em doenças nos pulmões, sistema respiratório, intestino grosso e nariz. Os amores escravizantes e as paixões desenfreadas podem gerar problemas cardíacos. A euforia e a loucura podem gerar problemas cardíacos, no intestino delgado e na pele.
O desequilíbrio das emoções provoca natural perda de energia. O aumento do número de pessoas descontroladas emocionalmente, com posturas castradoras, dominadoras, chantagistas, mostra não mais que perdas energéticas. O desequilíbrio emocional é o principal responsável por depressões, desgastes, perda de vitalidade e doenças físicas e mentais.
A continuidade entre o psíquico e somático tem sido objeto de uma série de investigações. Se o psíquico responde ao corporal e vice-versa, fala-se, então, de um sistema onde não se delineia uma nítida divisão entre ambos. A pesquisa em psicossomática mostra que, para um bebê, não faz sentido a divisão entre mente e soma. A psicossomática de inspiração psicanalítica tem colocado questões para a noção cartesiana da dicotomia mente-corpo. Marty10 (1980), por exemplo, viu em certas doenças, verdadeiras expressões do inconsciente manifestadas de forma primitiva, isto é, decorrentes da insuficiência fantasmática do sujeito. Assim, ao invés do sujeito produzir um sintoma psíquico e simbólico, como ocorre no caso da neurose, ele tende a responder ao excesso de excitação que não pode elaborar utilizando o corpo real.

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