segunda-feira, 13 de junho de 2011

Saúde sexual

Sexo é tão vital para a saúde quanto comer, dormir e fazer exercícios, garantem médicos e psicólogos. Até a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) dá destaque ao tema, colocando a atividade sexual como um dos índices que medem o nível de qualidade de vida. A verdade é que, entre outras coisas, a prática alivia as tensões, ajuda no combate à depressão, revitaliza o corpo, estimula a mente e ainda queima calorias, pois se trata de um excelente exercício aeróbico e anaeróbico. Uma das responsáveis por esse saudável turbilhão é a endorfina - substância liberada durante o ato -, que mexe com os mecanismos cerebrais que controlam o humor, a resistência ao stress e à dor e, principalmente, as sensações de prazer.
"Saúde e sexo são praticamente sinônimos. Quem possui uma vida saudável apresenta um desempenho sexual satisfatório. As pessoas que têm relações com regularidade conseguem equilibrar seus hormônios e estimular suas potencialidades. Conseqüentemente são mais felizes com elas mesmas", afirma Carmita Abdo, psiquiatra e coordenadora do Prosex - Projeto de Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Mas este tópico não é somente sobre a parte saudável do sexo. O brasileiro é muito bem informado sobre doenças sexualmente transmissíveis e AIDS, mas só isso não basta. Os números apontam: 1/3 das mulheres e não mais do que 40% dos homens fazem uso correto da camisinha.
Acontece que muita gente não relaciona os problemas de sexo com os de saúde. E isso muitas vezes compromete a satisfação entre os lençóis e adia até mesmo o diagnóstico de uma doença mais séria. "Ainda existe um grande grau de desconhecimento nessa área. No homem, por exemplo, a disfunção erétil pode revelar distúrbios físicos ou emocionais, como hipertensão, diabetes, cardiopatias, depressão", diz Fernando Martins (SP), urologista e gerente- médico do laboratório Lilly.
Utilizando dados científicos - obtidos em um levantamento com 7.103 pessoas de todas as regiões do país, que responderam a mais de 80 questões -, ela abordou temas como hábitos sexuais, desejo, orgasmo e doenças sexualmente transmissíveis. "O estudo mostrou que metade da população masculina e feminina tem queixas sexuais", informa a psiquiatra, Carmita Abdo.
A seguir você confere alguns dados desse estudo.

ORIENTAÇÃO SEXUAL

96,7% das mulheres e
92% dos homens consideram-se heterossexuais

2,4% das mulheres e
6,1% dos homens, homossexuais

0,9% das mulheres e
1,8% dos homens, bissexuais
Capacidade de obter e/ou manter a ereção:

Em resumo: 45,1% dos homens brasileiros têm algum grau de disfunção erétil (DE).

Um outro estudo inédito, também divulgado recentemente, procurou avaliar como as mulheres encaram a impotência sexual masculina e o que pensam a respeito de medicamentos como Viagra, Cialis ou Levitra que combatem o problema. "De 45% de homens com algum grau de disfunção erétil, apenas 15% procuram tratamento. Isso, depois de três anos, em média, convivendo com o distúrbio. Algumas vezes é a parceira quem motiva a consulta", conta Sidney Glina, urologista e diretor do Instituto H. Ellis, de São Paulo. Foram ouvidas 2.100 brasileiras, com idades entre 18 e 65 anos. Confira:
Quantas relações sexuais você costuma ter?
Três ou mais por semana 45%;
uma a três por semana 33%;
uma a cada 15 dias 18%;
uma por mês 3%;
menos de uma por mês 1%.

Seu parceiro utiliza recursos para melhorar o desempenho sexual?
Não 81%;
não sabe 12%;
sim 7%.

Do grupo que disse sim, 35% respondeu que o tratamento se dá por meio de remédios.

O sexo melhorou depois que ele passou a usar o medicamento?
Sim 82%.

Por quê?
O homem ficou mais seguro 30%;
mais interessante 23%;
mais calmo 19%.
Reflita sobre sua própria situação. E, se for o caso, procure um profissional para fazer os ajustes necessários.

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